quinta-feira, agosto 16, 2007

Os homens em mutação se tornando Multitaskers*



Atender ao telefone, cuidar dos filhos, plugar-se ao computador, trabalhar, manter-se em forma,... O cotidiano tem nos compelido a inúmeras responsabilidades e compromissos diários, vários ao mesmo tempo...
Há, no entanto, uma nova mutação dos seres humanos, pouco perceptível aos olhos da esmagadora maioria das pessoas, que está gerando o que os especialistas chamam de "multitaskers"(Expressão contemporânea em língua inglesa criada com o intuito de denominar as pessoas que realizam e desenvolvem múltiplas ações, tarefas e projetos simultaneamente. O mundo em que vivemos tem gerado um crescimento exponencial na quantidade de pessoas que atuam como multitaskers...)ou seja, trata-se de uma alteração que ocorre em nossos cérebros e que está nos permitindo fazer várias coisas ao mesmo tempo.
O cérebro humano é alvo de pesquisas que estão revelando sua enorme capacidade de produzir, realizar, recriar e abstrair. Estamos sendo informados dessas pesquisas e ficamos sabendo a cada novo passo desses estudos que não há tecnologia criada pelo homem que seja capaz de realizar tudo aquilo que o cérebro humano pode construir.
Apesar disso, e de sabermos que o contato com essas tecnologias e suas possibilidades alimenta o cérebro e permite que ele se reconstitua e se reconstrua a todo o momento, as novas gerações precisam urgentemente criar mecanismos, práticas e ações através das quais a revitalização e a revigoração do potencial do cérebro seja fomentada não apenas pelo contato com as ferramentas da tecnologia, mas também de forma constante pelo contato com o meio-ambiente, pela relação com outras pessoas, pela leitura de mundo preconizada por Paulo Freire, através das diversas formas de expressão cultural da humanidade,...
Complexo, mas segundo João Luís Almeida Machado, doutorando da PUC-SP, professor universitário e pesquisador, estes fatos são nossa realidade.
Estamos vivenciando todas estas transformações em nossas vidas temos que saber lidar com elas ou simplesmente ficar num canto esperando o tempo passar e não fazer nada para melhorar.